Horas após a Justiça determinar a suspensão da greve dos professores da rede estadual de ensino do Paraná, dezenas de educadores desafiaram a decisão e se reuniram na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, para iniciar a paralisação. A mobilização é uma reação ao projeto de lei "Parceiro da Escola", que visa terceirizar a gestão das escolas estaduais e está sendo tratado com urgência pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Mesmo com a ordem judicial de suspensão, os docentes se concentraram na Praça Santos Andrade e planejam marchar até a Alep, no Centro Cívico, para acompanhar a votação da proposta. Espera-se que a Comissão de Educação discuta o projeto, que já pode ser votado em plenário.
Em resposta ao movimento dos professores, deputados da oposição na Alep entraram com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Paraná para suspender a tramitação do projeto. No entanto, o presidente do tribunal negou o pedido no domingo (2).
Além disso, a desembargadora Dilmari Helena Kessler determinou que os professores estão proibidos de realizar qualquer movimento grevista até que apresentem um plano de manutenção das atividades educacionais, sob pena de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Mesmo diante das decisões judiciais, a APP-Sindicato insiste em continuar com a greve e afirma que a adesão de pais e alunos é "forte". “A adesão está forte e pedimos que os pais não mandem os filhos para a escola devido à falta de segurança. Não gostaríamos de estar em greve, mas o governo nos força a isso ao enviar um projeto arbitrário desta forma para a Assembleia Legislativa,” declarou Nádia Brixner, diretora da secretaria de funcionários da educação da APP-Sindicato, que também informou que a entidade recorrerá da decisão judicial.
O projeto "Parceiro da Escola" busca melhorar a gestão escolar por meio da terceirização administrativa, uma alternativa que pode trazer benefícios significativos, como maior eficiência e melhor aproveitamento dos recursos públicos.
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