Rodrigo chegou a ser entubado e pegou 2 bactérias no pulmão devido ao tempo de internamento. Ele teve 80% dos pulmões comprometidos.
O Rodrigo é um morador do bairro Uberaba de 33 anos de idade, nunca fumou na vida, não bebe e pratica vários esportes. porem ele vivenciou momentos de desespero e sofrimento desde que foi diagnosticado com Covid no dia 7 de dezembro de 2020.
Ele chegou a passar por ventilação mecânica e acabou pegando 2 bactérias no pulmão por conta do tempo com o respirador e teve até 80% do pulmão comprometido durante o período em que ficou internado. Confira o relato abaixo:
CUIDE-SE E CUIDE DO PRÓXIMO!!! EU SOU UM SOBREVIVENTE – DIA 07 DEZEMBRO DE 2020 FUI DIAGNOSTICADO COM COVID.
Tenho 33 anos, estava muito feliz pois estava correndo tudo certo na minha vida. Sou casado tenho 3 filhas lindas. Sempre respeitei todas as medidas de segurança, mas não parei de trabalhar.
Sou corretor de Imóveis autônomo, e fui atender um cliente, que 2 dias depois do atendimento me disse que estava com Covid-19.
Dois dias depois de me avisar começaram os sintomas, acreditei q seria só uma gripezinha quando muito um resfriado, mas não a doença foi avassaladora.
Minha respiração foi ficando cada vez mais difícil, dia 09 fui internado na enfermaria do Hospital Vitta com 25% dos pulmões comprometidos. Fiquei dois dias na enfermaria e precisei ser transferido para UTI, no Hospital Vitta não tinha mais vagas, então fui transferido para o Hospital São Vicente, lá fiquei dois dias na UTI lutando p conseguir respirar, até que não conseguia mais respirar os médicos me intubaram.
Rodrigo ainda relatou que as ultimas palavras que disse a equipe é que podiam fazer oque fosse necessário, mas que não deixa-se ele morrer, pois ele temia não voltar da intubação e deixar sua família, pois ele viu no hospital varias macas passando com os corpos de quem não tinha resistido ao vírus e ao tratamento.
Assim fiquei por 14 dias, desenvolvi pneumonia e meus pulmões ficaram 80% comprometidos, para que os remédios fizessem efeito foi preciso que os médicos fizessem um acesso direto ao meu coração através do cateter venoso central (CVC).
Após 14 dias intubado diminuíram os sedativos e fui acordando, lembro que o primeiro programa que vi na tv foi a Missa do Galo, ou seja Natal passei longe da minha família, a qual também sofreu muito a cada dia com os boletins médicos.
Fiquei mais uns dias intubado mas agora sem estar sedado, dias de muita incerteza, medos e alucinações, pois achava q estava morto, olhava para o meu corpo que estava definhando e era assustador, nesse tempo perdi 23kgs.
Aos poucos a consciência foi voltando, mas a dependência do pessoal da UTI era a mesma pois não conseguia me mexer na cama, apenas os olhos, a cabeça e gestos de positivo e negativo.
Aos poucos fui melhorando, sai da intubação e fui respirando melhor, mas ainda usava oxigênio, e tinha contraído duas bactérias devido ao tempo de permanência na UTI.
Quando comecei a fisioterapia, ainda na UTI, mais um susto pois não tinha forças para ficar de pé e nem coordenação motora para dar um passo.
Mais uns dias de UTI consegui sair do uso de oxigênio, fui encaminhado p a enfermaria, lá começou outro terror: A síndrome do estresse pós traumático. Não conseguia dormir de medo de morrer, as alucinações continuavam, e eu me sentia perdido e com muito medo de morrer. A crise de ansiedade era tanta que os médicos liberaram minha esposa para me visitar, aí consegui me acalmar um pouco.
Mesmo assim as incertezas ainda eram grandes, pois não conseguia me movimentar sozinho, e cada passo que dava, mesmo com ajuda, era um esforço enorme, cansava de dar apenas um passo, eu ainda fazia uso de sonda pois tinha desaprendido a engolir, então precisei de um exame e da ajuda de uma fonoaudióloga para voltar a deglutir, somente após liberação da fono voltei a comer, mas ainda era apenas liquido e pastoso, mas ao menos já pude sair da sonda gastrointestinal.
Eis que então o tão esperado dia chegou: era dia 07 de janeiro uma quinta feira de muito calor e sol, recebi a alta hospitalar e a certeza que venci o Covid, mas era ali começava outra batalha contra as sequelas dessa doença.
Fiquei por 15 dias comendo líquido pastoso, capacidade pulmonar prejudicada, e meu pé direito, o que mais uso ficou caído ou equino, até hoje ele não voltou e sigo manco lutando para recuperar ele.
Tenho algumas partes do corpo que ainda estão amortecidas e não consigo mexer o dedão do pé, mas sigo na fisioterapia tanto motora, quanto pulmonar. Mas estou com vida para poder me recuperar de tudo!
Hoje agradeço a Deus a cada momento e a cada dia por acordar, poder respirar, por estar de volta com as pessoas que eu amo. Essas que sofreram muito aqui fora com as incertezas e medo da minha partida.
DEIXO AQUI MEU APELO: SE CUIDEM, USEM MÁSCARA, CUIDEM DOS OUTROS E SIGAM AS MEDIDAS DE SEGURANÇA, SÓ ASSIM VENCEREMOS ESSE VÍRUS E PODEREMOS VOLTAR A VIDA AO NORMAL!!!! DEUS NOS PROTEJA!!!!
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